Tenho pressa. Pressa de amar, de encontrar, de ser feliz. Pressa de obstinar, pressa de estabilizar de concretizar.Turbilho emoções, desejos intensos.
Perco facilmente, desapego difícil. Continuo apressado. Abrevio a sequência, viajo a última cena, anseio a conquista, e no final... Sofro antecipadamente, perco tudo de vista.
Quem sou eu
- O Gigolô das Palavras
- Salvador, Bahia, Brazil
- A língua está em mim, me perpassa, faz parte da minha formação como ser social inserido num grupo. Compõe ainda a minha própria formação acadêmica já que resolvi após o primeiro curso superior (Administração), cursar Letras. Essa língua me representa em todos meus conflitos, pois suas características são iguais as minhas, um ser multifacetado, de exterior sóbrio e estático, mas no íntimo um turbilhão em movimento. Assim como um rio congelado que apresenta a sua superfície estática, mas o seu interior está sempre em movimento, num curso perene. Capacidade de adaptação e compreensão com singularidade e regionalidades tolerantes como próprios à língua. Escrever é para mim, como respirar, sinto essa necessidade e é através da escrita como afirmou Aristóteles que transitamos desde o terror até a piedade de nós mesmos e do outro. Esse ofício da escrita nos eleva, nos projeta, nos ressignifica quando tocamos o outro com as nossas palavras, seja no universo ficcional, biográfico ou autobiográfico. Escrever é uma necessidade, escrever é transpirar no papel as nossas leituras.