Quem sou eu

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Salvador, Bahia, Brazil
A língua está em mim, me perpassa, faz parte da minha formação como ser social inserido num grupo. Compõe ainda a minha própria formação acadêmica já que resolvi após o primeiro curso superior (Administração), cursar Letras. Essa língua me representa em todos meus conflitos, pois suas características são iguais as minhas, um ser multifacetado, de exterior sóbrio e estático, mas no íntimo um turbilhão em movimento. Assim como um rio congelado que apresenta a sua superfície estática, mas o seu interior está sempre em movimento, num curso perene. Capacidade de adaptação e compreensão com singularidade e regionalidades tolerantes como próprios à língua. Escrever é para mim, como respirar, sinto essa necessidade e é através da escrita como afirmou Aristóteles que transitamos desde o terror até a piedade de nós mesmos e do outro. Esse ofício da escrita nos eleva, nos projeta, nos ressignifica quando tocamos o outro com as nossas palavras, seja no universo ficcional, biográfico ou autobiográfico. Escrever é uma necessidade, escrever é transpirar no papel as nossas leituras.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

DEPRESSÃO


Gira os ponteiros, gira o mundo. O sol declina, ascende, vão-se os dias.
O calendário muda, muda o vestuário, as páginas do diário.
Datas festejadas, confraternizadas, relembradas. Tortura e aprisionamento.
Há três anos tivera uma decepção: flagrara o conjunge com outra em sua própria casa. A separação foi amigável, mas restou o imperdoável. E isso adoecia sua alma.
Aparentemente era saudável, só no seu exterior. A sua vida fora inundada por uma Tsunami de tristeza, embora divorciada, permanecia companheira da depressão. Agatha perdera o prazer pela vida.
Seu corpo tornara-se um invólucro que a aprisionava, a solidão da vida.