Márcia
nasceu numa família de três irmãos, possuía um dom sem igual: amar de forma
incondicional. A sabedoria da vida não a presenteara em vão.
Márcia
amou muito cedo e cedo percebeu o seu martírio. Se relacionava com um homem
aparentemente perfeito. Casado, ele não funcionava para ela.
Márcia
só seria lembrada nos momentos difíceis da vida desse homem. Para ele Márcia
era mais mãe que amante sempre a incumbindo de agradá-lo com presentes caros
como perfumes ou a onerando com seus gastos nas grifes Surf Wear.
Márcia
penava, mas amava. Até fantasiara uma realidade amorosa, porém no seu íntimo
sabia ser preterida e objeto de interesse pecuniário.
Márcia,
um dia, nunca mais. Resolvera por fim em tudo. Fechara-se para o mundo ao
terminar com Júnior.
Afogava
assim o dom da desilusão que alimentara por anos.
Márcia
esta no Teatro, a cada peça interpreta um novo amor, desses que não vivenciou.
Aprendera a arte desde o terror até a piedade, dos outros e de si, a vida a
preparara para o Teatro.