Quem sou eu

Minha foto
Salvador, Bahia, Brazil
A língua está em mim, me perpassa, faz parte da minha formação como ser social inserido num grupo. Compõe ainda a minha própria formação acadêmica já que resolvi após o primeiro curso superior (Administração), cursar Letras. Essa língua me representa em todos meus conflitos, pois suas características são iguais as minhas, um ser multifacetado, de exterior sóbrio e estático, mas no íntimo um turbilhão em movimento. Assim como um rio congelado que apresenta a sua superfície estática, mas o seu interior está sempre em movimento, num curso perene. Capacidade de adaptação e compreensão com singularidade e regionalidades tolerantes como próprios à língua. Escrever é para mim, como respirar, sinto essa necessidade e é através da escrita como afirmou Aristóteles que transitamos desde o terror até a piedade de nós mesmos e do outro. Esse ofício da escrita nos eleva, nos projeta, nos ressignifica quando tocamos o outro com as nossas palavras, seja no universo ficcional, biográfico ou autobiográfico. Escrever é uma necessidade, escrever é transpirar no papel as nossas leituras.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

SIGNO




Signo linguístico é a menor unidade semântica de um código. Todo signo compreende significante e significado, o primeiro e a forma perceptível: som, letra, o segundo é o elemento conceitual, o conteúdo semântico.
Mariana enquanto estudava as teorias linguísticas refletia sobre os acontecimentos e sua importância.
Havia catorze dias que terminava com seu namorado e uma das últimas frases que ouvira dele foi que era insignificante, uma criatura insignificante.
 Não entendia os motivos dele, também não o ocupava. Sempre achava uma maneira de atribuir a falta a si mesmo.
Gostava de estar em casa, arrumando tudo, limpando as coisas, às vezes preparava lanches e ligava para ele convidando-o para namorarem à tarde, ou à noite. Ele sempre esperto, aparecia depois de visitar as outras namoradas, passava o mínimo de tempo com ela, não demostrava carinho, enquanto ela se desvelava para agradá-lo.
Após uma discussão, ele sai mencionado que os sentimentos dela não tinha importância.
Marina após chorar a perda, percebe agora, recolhida a sua insignificância que nunca o tivera verdadeiramente, iludira-se todo esse tempo.
Mas a compreensão da ciência, a ajudara a entender a sua realidade.


terça-feira, 27 de setembro de 2011

ARMADURA





A angústia a tomava, o desânimo a dominava, sentia suas forças se esvaírem todas as manhãs. Um sentimento de conquista vã a perseguia. Assim era o interior de Maria, uma tormenta que devastava seu exterior.
Não estava feliz, apesar de obter algumas conquistas, sua aparência era sofrível.
A motivação a deixara, não possuía mais a vontade de viver, de vencer, diziam alguns que um anjo negro pousara perto dela.
Caminhava na vida como um zumbi, ia ao trabalho, a igreja, ao mercado, sempre de forma dispersa, parecia um autômato, vivia em um estado alterado de espírito. Quando inquirida sobre esse comportamento afirmava que dessa forma, estava protegida das doenças do coração: o amor e a paixão.


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

NOTÍCIA




No balanço da vida muita ansiedade e pouca realização.
Anseio por tudo, trabalho, busco, invisto e o retorno não vem.
Às vezes pacientemente acredito que o objetivo será alcançado no fim, mas as circunstâncias demonstram que o objetivo é inalcançável, já que sempre as estratégias falham no cumprimento da meta.
Promessas vãs. Ele nunca nega, nunca rejeita a ideia, mas também nunca cumpre.
Já me cansei de ter esperança, já não quero olhá-lo de frente. Meu sentimento deseja e minha razão repudia.
O vestido rasguei, o evento cancelei, a data apaguei da memória.
Essa carta fora endereçada a mãe de Thais, que ao ler constata a desilusão da sua filha.

A romanização do NW da PI





Antes da chegada dos romanos à Península Ibérica, habitavam essa região os povos pré-romanos que se diferenciavam, apesar de já estarem na mesma região. Uns possuiam uma cultura pacífica outros uma cultura militar ainda outros eram caracterizados pela cultura agrícola e rudimentar.
Desses povos todos que habitavam a Península Ibérica, os que mais se assemelhavam a cultura romana eram os turdetanos e tartécios, povo que habitavam a região da Bética. Dai que durante o processo de romanização, com a chegada dos romanos á Bética em 218 a.c, em consequência da 2ª guerra Púnica, a romanização da região foi praticamente instantânea, devido à identificação entre as culturas romana e turdetana. Isso favoreceu a rápida assimilação do latim vulgar pelos habitantes da Bética com pouca ou média influência de substrato par o latim vulgar, já que esses povos abandonaram o uso da sua língua local adotando o uso do latim vulgar desde cedo.
Com a romanização da Bética (sul da P.I), e a identificaçãodos povos que habitvam essa região estabeleceu-se uma provincia romana de facíl administração, já que a convivência tornara-se pacífica. Por isso não era necessario intervenções da capital  na região da Bética, estabelecendo-se então um controle à distância sem muitos contatos, o que mais tarde vai ser siggnifivativo para a diferenciação no sentido de conservação caracteristicas arcaizantes no latim vulgar falado na região da Bética.
A conquista da região da Terraconense se deu pelo norte da P.I, nessa região habitavam os povos Bascos povos Bascos, povos iberos e celtiberos que eram caracterizados por pouca civilização e pouca relação comercial, pois eram camponeses e não ofereceram resistência aos romanos, por isso, a Tarraconense é uma região sem muitas divisões políticas.
Essa região é importante, porque é nela que se estabelece a rota comercial romana e para onde converge o fluxo de povos de língua e culturas diferentes, também por ser rota de acesso a Roma capital do império e centro difusor de inovações linguísticas.
Esse trânsito comercial e cultural que se estabelece nessa região é que irá determina a características inovadora do latim vulgar falado nessa região, enquanto que na Bética, região sul, o latim vulgar permanece praticamente inalterado, daí a diferenciação ser tão acentuada em relação a corrente do norte.
Sobre o noroeste (NW) da Península ibérica (P.I) podemos afirmar que houve várias tentativas por parte dos vários imperadores romanos de conquistar essa região, porém as datas significativas são 27 d.C em que a campanha militar liderado por Augustus promove a ocupação da NW da península ibérica, porém sem a sua romanização, pois as relações no noroeste da P.I, ainda eram tensas, o exercito romano estava ainda se estabelecendo e tentando subjugar os povos ali existentes. Somente em 216, com a campanha militar de Caracalla, é que o NW da P.I ganha o estatuto de província romana, romanizado-se completamente coma criação da província romana da Gallaécia ET Astúrica. Vale ressaltar que levou cerca de 400 anos para o império romano conquistar a região (Gallaécia/Astúrica) perseveram a sua língua por mais tempo em relação aos povos do norte e do sul da P.I.
Aliado a esse fato, observamos também que a frente militar que romanizou o N.W da P.I, saiu da Bética, província romana de forte identificação com a cultura clássica romana e que falava um latim vulgar de características arcaizantes, devido a cronologia da romanização e ao isolamento geográfico e comercial, já que não mantinha relação estreita com centro difusor de inovações lingüísticas que era a capital do império – Roma.
Tais fatores serão preponderantes na diferenciação do latim vulgar e posteriormente na diferenciação das línguas românicas, como por exemplo, maior influência de substrato latino no português, diferenciação no espanhol falado na região da Andaluzia e fenômenos lingüísticos como a assimilação.
Diante disso percebemos um fato importante uma vez que, segundo a cronologia da romanização, quanto mais cedo ocorre a romanização maior característica arcaizante terá o latim vulgar, enquanto que quanto mais tarde ocorre a romanização maior características inovadora.
No entanto esse fato não se aplica do NW da P.I porque apesar  da romanização tardia dessa região (216 d.c), o latim vulgar levado para essa região era do exercito formado na Bética devido ao seu isolamento geográfico e comercial.
Para entendermos as características lingüísticas peculiares ao N.W da P.I, faz-se necessário analisarmos outros contatos como a presença dos Bárbaros (Germanos) nessa região.
Após a conquista do NW da P.I, o império romano dá sinais de enfraquecimento, devido à vasta extensão do império, as dificuldades de centralizar o poder, conflitos políticos internos entre governadores das províncias/imperadores /militares etc, aliado a isso, as pressões exercidas nas fronteiras por povos vizinhos, que ao perceberem o enfraquecimento do império romano, tentavam fugir dos Bárbaros (diversos povos germânicos aparentados), ameaças de invasão a cidade de Roma.
Os Germanos conquistam os territórios romanos pouco a pouco, em 106 d.c Roma perde a Dácia, em 409 d.c os romanos deixam a Britânia, em 458 os vândalos dominam totalmente a África após ter ocupados o norte da P.I.
A ascenção dos povos germânicos com o império visigodo se deve a um fator importante o longo convívio com os romanos propiciou aos povos germânicos o conhecimento do latim vulgar, que foi utilizado durante o período da invasão e conquista, os germanos utilizaram o latim como língua de dominação, o que consistem numa estratégia para a rápida dominação da P.I.
Ao chegarem na P.I os povos Germânicos entra uma população mestiça, resultado da fusão dos povos pré-romanos com os povos romanos que resultou nos povos Hispânicos que falavam latim vulgar entre os quais se difundia a religião cristã.
Com a invasão dos Bárbaros, a região da P.I apresenta novas particularidades, ocupação do norte pelos vândalos, centro e sul pelos visigodos e noroeste (NW) pelos Suenos. Embora os visigodos tenham assumidos todo o território da P.I, culturalmente o NW ficou sob o domínio dos Suevos, daí sua influência linguísticas naquela região.
Sobre as influências lingüística vale destacar a problemática que se estabelece a respeito dos visigotismos, que s não se pode precisar quanto ao tempo de estadia, se é de adstrato convivência linguísticas/empréstimo ou superstrato (léxicos germânicos no latim vulgar).
Em relação à influência Sueva na P.I, podemos afirmar que não houve influencia quase nenhuma, em nada modificou a língua latina no NW da P.I. Contudo os Suevos são de significativa importância porque isolaram o NW da P.I, evitando assim que as influências lingüísticas germânicas atingissem aquela região.
Desse modo as transformações ocorridas no latim vulgar levaram ao desenvolvimento protos-romances que consistia na diferenciação do latim vulgar qm dialetos menores isso caracteriza a ruptura lingüística, ou seja, perde-se o modelo lingüístico romano.
Os falantes desse novo modelo lingüístico que se desenvolve são os povos Hispano – godos que são o resultado do contato entre os Hispânicos e os povos Germânicos. Os hispano – godos são cristãos e falantes dos romanos.
A invasão Árabe ocorreu no sec VIII d.C, sua principal motivação foi religiosa, pois os árabes tinha como objetivo a difusão do Islã na P.I. Aliado a isso, a numerosa população árabe, as expectativas de bons resultados nos saques de outros povos, a vasta área litorânea e as terras férteis presentes na P.I, teriam sido atrativos para os povos Árabes.
A invasão árabe modifica a estrutura do N.W da Península Ibérica porque quando os invasores inundaram a maior parte do reino visigótico, os representantes da tradição toledana refugiam-se nas montanhas e nas costas das Astúrias, formando desse modo uma ligação entre as duas metades da antiga Gallaécia entre a Galiza e as Cantábria surge o reino das Astúrias.
Essas três regiões terão um destino lingüístico próprio; mais conservador mostra-se o reino de Leão e Astúrias, absorvendo particularidades lingüísticas vindo de Toledo, mais inovador, os hábitos lingüísticos da Cantábria que fora pouco influenciado pelo poder da tradição do Latim, transforma rapidamente o idioma românico  falado naquela região.
Dessa maneira, surge na Cantábria, antes da Reconquista Castelhana, um grande número de perculiarismos que hoje distinguem o Castelhano – Espanhol dos outros idiomas peninsulares.
A Galiza, no entanto, é mais tranqüila e não transforma tão rapidamente o idioma como a região Cantábrica, porém não se mantém tão conservadora coma região das Astúrias.
As primeiras alterações fonéticas nesta época são: a nasalização das vogais que antecediam as consoantes nasais; fenômeno presente até nossos dias, e características especifica do Português [l e n t u] = / l ẽ t u /, também deixou desaparecer o - n - e l – intervocálicos: general > geral, palu > pau
Desse modo percebemos que nessa segunda fase de transformações que ocorrem no N.W da Península Ibérica, resulta traços progressivos e individuais na língua conservadora da Hispânia Ulterior, diferenciando-a dando-lhe a sua fisionomia própria pela qual a reconhecemos até agora.
Vale ressaltar que essa separação é um processo gradual, e as suas várias etapas explicam a lenta transição por línguas intermediárias, do português para o Espanhol.
Em se tratando dessa nova divisão geográfica ocorrida na P.I podemos destacar que ao contrário do fenômeno da romanização, a P.I não foi arabizada. Isso devido, as características fenotípicas dos povos árabes, pois a população que habitavam a P.I era mestiça (Pré Romano + Romanos + Germânicos) à hispano – godo, cristã e falantes de romance possuíam uma unidade étnica e encaravam os árabes como inimigos (não guardavam relação de semelhança). Para os hispano – godo os árabes eram o “outro”, o diferente, daí não os assimilar socialmente através de casamentos mistos.
O governo árabe na P.I deu-se de duas formas: religiosa para os que aceitaram pacificamente se converterem ao islã, a esses foi lhe dado direitos árabes, os Muwlladyns. E o domínio comercial foi exercido sobre os povos que não se converteram ao islã mais conviviam com os árabes em comunidades fechadas, eram cristãos e falavam os romances moçárabes, (várias formas dialetais que eram formas de falar).
A essas comunidades fechadas que se relacionavam comercialmente com os árabes foi dado o nome de moçárabes.
É importante destacar a presença árabe na P.I no entendimento do desenvolvimento da língua Portuguesa, pois nesse período a situação linguística se inverte. O NW vai passar por inovações devido a presença dos povos toledanos que migraram para lá, enquanto as comunidades moçárabes apesar das influencias árabes no léxico vai se manter mais conservador (romance moçárabe mais arcaizante) devido ao seu isolamento, os moçárabes eram comunidades que viviam em focos de irradiação por toda a P.I, misturavam-se a população árabe em derredor, sem permeabilidade para a língua árabe, as influências significativas são no léxico, cultura, arquitetura.
Vale ressaltar que a relação do NW da P.I com os Árabes foi sempre hosti, se encontravam apenas durante as guerras / confrontos por isso, o NW manteve um contato (abstrato) menor com os árabes em relação aos moçárabes que mantinham relações comerciais e a relação de adstrato foi maior em relação ao NW. Da P.I.
Com relação a reconquista cristã séc IX, podemos destacar que a população cristã do norte se organizam em reinos, no século X, surgem os reinos de Leão, Castela, Aragão, Condado Catalão, Condado Galego Portucalense (que era submisso ao reino de Leão).
A reconquista foi financiada pela igreja católica através das cruzadas-expedições de cavaleiros cristão organizados para combater os infiéis, os inimigos, os hereges – os árabes e o islã. As cruzadas caracterizaram-se num conflito religioso – Catolicismo x Islamismo. A expulsão dos árabes da P.I foi gradual e à medida que os cristãos do norte avançavam para o centro-sul da P.I os cristãos (moçárabes) se misturam aos seus irmãos do norte, influenciando-se mutuamente no que diz respeito à língua.
Em 1442, os Árabes são expulsos totalmente da cidade de Granada na Espanha
É a partir da reconquista cristã que irá se configurar um espaço para a formação da língua Portuguesa, pois os reinos possuíram unidades políticas e lingüísticas, isso significa que as variedades dialetais do norte se fixam nas fronteiras dos reinos, como exemplo podemos citar: o romance aragonês, romance Leonês, roamance Castelão etc.
Desse modo, as guerras se davam, não só contra os árabes, mas também contra reinos vizinhos.
No século XII, a configuração dos Reinos é alterada, Afondo Henriques “herda” o condado portucalense (através de pressão e sítio político, obriga a sua mãe a lhe entregar este condado, rompendo com seu avô). Tal atitude de Afonso Henrique era pautada nas suas vitorias diante dos árabes, enquanto o reino de maior prestigio (o do seu avô) não obtinha vitorias significativas.
Nasce assim o reino de Portugal, com a obtenção da autonomia do Condado Portucalense por Afonso Henriques e a reconquista de mais da metade do território de Portugal.
Em relação à língua portuguesa, falada do (séc. XII) a língua portuguesa, falada na Galícia era denominada galego-português, superando-se depois em Galego e Português, nesse período até o século XIV não existia grandes diferenças linguísticas.
No entanto é a partir de D. Diniz, já no séc. XII que a língua oficial do reino se tornará o português, sendo a língua dos documentos oficiais. Essa separação política e lingüística dos Reinos Galegos e Português é marcado pelo rio Minho, embora a divisão política tenha ocorrido cedo, a divisão lingüística vai demorar mais tempo para acontecer.
 Outro fato importante no reinado de Afonso Henriques é que no séc XII a sede da nação portuguesa que estava localizada entre o rio Minho e Douro em Guimarães, é deslocado para Coimbra.
Portugal nasce como nação ágrafa, uma vez que o latim era usado em situações de escrita e falado raramente em ocasiões especiais. O galego-português surge heterogêneo em seus usos.
No séc XV inicia-se a distinção lingüística entre o Galego e o português. O Cancioneiro Medieval português (escrito em galego-português) apresenta variações gráficas (ortográficos) lexicais, que apontam para a diversidade dialetal presentes na língua dos séculos XIII e XIV.
 Já em meados do séc. XIV pode-se encontrar diferenças entre textos produzidos ao norte e ao sul do rio Minho. A língua galega e a língua Portuguesa começam a se distanciar significativamente. Porém é nos documentos notariais que se pode encontrar maiores comprovações da diversidade dialetal.
As transformações lingüísticas nesse período são queda do – l – intervocálico e a ausência de ditongação no português e no Galego, enquanto no espanhol, aragonês, catalão a ditongação se mantém.
É importante perceber que o Galego se aproxima mais do Português do que do Espanhol, embora esteja classificado como uma variação do espanhol, isso se deve a questões políticas territoriais, já que a Espanha possui maior território, maior população e conseqüentemente maior número de falantes de seu idioma de prestigio – o espanhol, e maior número de literaturas traduzidas para esse idioma.
Com o advento da nação Portuguesa era importante delimitar suas fronteiras políticas e lingüísticas, daí que D. Diniz no século XII eleva a língua Portuguesa como língua oficial de Portugal sendo a língua dos documentos oficiais. (língua de prestigio)
Desse modo, as línguas românicas firmam-se a partir do momento em que a afirmação da identidade nacional dos países emergentes torna-se necessário. É nesse período também que começa a se difundir o ensino da língua Portuguesa, surgindo assim as primeiras gramáticas, a exemplo da gramática de Fernão de Oliveira (1536), logo após a de João de Barros (1540) e a gramática de Pero de Magalhães de Gândavo (1574).
A normatização da Língua Portuguesa só seria pensada a partir da Expansão Comercial e Marítima Portuguesa, em que devido as distâncias e o tempo das viagens eram necessários documentos escritos como relatos dos viajantes e das terras conquistadas, a exemplo da Carta de Pero Vaz Caminha. É essa língua de prestigio que se forma no século XVI que mais tarde será trazida para o Brasil de 1500.


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

BALADA



“Histórias e músicas são maneiras de expressarmos sentimentos que não conseguimos externalizar naturalmente”.




VIDA




Aprender vt. Extrair lições daquilo que observa ou vivencia.
Na vida aprendemos sobre muitas coisas, mas ainda assim não o bastante para lidar com perdas, principalmente para gerenciar os problemas do coração.
A cada momento um novo relacionamento e sempre uma experiência nova, descobrimos a cada momento uma maneira diferente de sofrer.
Sofrer pelo outro, sem o outro, com o outro e para o outro.
A ausência traz a saudade, a saudade, o sofrimento, o sofrimento o aprendizado.
E esse aprendizado não nos torna experiente para a próxima seleção, pois ainda continuamos sofrendo a cada relacionamento.
Essa angústia teórica sobre sofrimento reverberava na mente de Odete que solitária na noite de sexta, não sabia o que fazer.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

MOSAICO




Adelmo, José Augusto, Edgleiton, Fred, Leo, Flávio, Fábio, Victor, Bruno, Freitas, Júnior, Rodolfo, Danilo, Paulo, Rei, anônimos transeuntes, passageiros desconhecidos.
Mosaico. Fragmentos de alma, relacionamentos conturbados, sentimentos vãos, desilusões, tristezas, decepções, dores, amores espúrios, mercantilismo, exploração, despojo espólio.
No peito a eterna condição; a solidão, a busca pela satisfação.
Fora condenado a uma existência solitário, buscava a felicidade nos vários companheiros, porém nenhum deles almejava o mesmo objetivo.
Cada um possuía sua particularidade, é certo, mas o que os tornavam iguais era o descaso para com o sentimento que ele nutria por todos eles.
Amor versus dinheiro, interesse versus sentimento. Assim seguia o ciclo do relacionamento.


INQUIETUDE



Não sei o que dizer, não sei o que pensar, apenas sinto, também não sei o que sinto. Só sinto.
Sinto falta de algo, há um vazio, olho ao redor e por mais que haja carência de tudo, sinto que falta muito mais do que minha percepção pode mensurar.
O abandono da infância, a negligencia da adolescência, a solidão da juventude a responsabilidade e exigência da vida adulta, tudo converge para um abismo interior.
Não espero dádivas da vida, sei que é injusta, justiça só em Deus, isso já dizia meus pais. Luto contra a realidade não gosto do que vejo, queria poder alterá-la, igualdade para todos, em tudo, como promete o Socialismo Russo.
O padre não entendia muito, mas ouvia pacientemente a confissão de Clárice que, mas parecia um desabafo, a fim de lhe recomendar as orações devidas para proporcionar-lhe garantia de uma vida melhor no além.

SUBSISTÊNCIA



Visitar aquele ambiente era uma tortura para sua alma.
Visualizava seus anseios, mas não podia adquiri-los.
Caminhava indistintamente, invisível e ausente entre todos.
Para em todas as filas e observa o movimento dos clientes que pedem, inquirem, experimentam, reclamam e agradecem.
No seu interior um grande vazio, o relógio a todo momento lembrava-lhe que precisava preencher aquele vazio interno, enquanto ela observam tudo tentado a completude pela visão.
Após mapear todo o supermercado se dirige a saída, agora mais vazia do que antes.