Nada tenho de meu, na verdade nunca tive, sempre vivi à sombra.
Todos brilhavam chamavam atenção, eu não. Sempre fui impulsionada a não me
apresentar. Estava ali, mas não poderia demonstrar minha presença. Vivia como
um ser invisível. Sempre fui a mais bela, a mais inteligente, a mais sábia, a
mais educada, mas de que adiantava? Passava sempre despercebida.
Sabia que ameaçava as outras irmãs e por isso, elas sempre agiam
assim arrumavam alguma forma de descartar-me para longe da presença delas,
porém não se pode esconder o brilho do sol, nem ocultar a luz do dia.
Tendo crescido num brilho intenso incinerei as pretensões de todas
elas, hoje elas não me ameaçam, o meu barulho ofusca todas elas.