Quem sou eu

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Salvador, Bahia, Brazil
A língua está em mim, me perpassa, faz parte da minha formação como ser social inserido num grupo. Compõe ainda a minha própria formação acadêmica já que resolvi após o primeiro curso superior (Administração), cursar Letras. Essa língua me representa em todos meus conflitos, pois suas características são iguais as minhas, um ser multifacetado, de exterior sóbrio e estático, mas no íntimo um turbilhão em movimento. Assim como um rio congelado que apresenta a sua superfície estática, mas o seu interior está sempre em movimento, num curso perene. Capacidade de adaptação e compreensão com singularidade e regionalidades tolerantes como próprios à língua. Escrever é para mim, como respirar, sinto essa necessidade e é através da escrita como afirmou Aristóteles que transitamos desde o terror até a piedade de nós mesmos e do outro. Esse ofício da escrita nos eleva, nos projeta, nos ressignifica quando tocamos o outro com as nossas palavras, seja no universo ficcional, biográfico ou autobiográfico. Escrever é uma necessidade, escrever é transpirar no papel as nossas leituras.

domingo, 30 de novembro de 2014

Reticências...







                     Após a declinação do sol, e diante da presença da lua, a esperança concebeu o abandono. Forasteiro de minhas razões desfiz dos obstáculos: procurei, investiguei, investi.
                     Despi o sentimento, não houve recíprocas. Ressuscitou-se promessas, conversas, sorrisos, mas já era sabido que a realidade não retornaria. Havia fugido há tempos; fora da área ou desligado era a notícia presente. Resposta incompatível não tivera, impossível não se revelara, apenas ouvira sobre a demora, que a distância, seria a energia, o combustível do querer...