Quem sou eu

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Salvador, Bahia, Brazil
A língua está em mim, me perpassa, faz parte da minha formação como ser social inserido num grupo. Compõe ainda a minha própria formação acadêmica já que resolvi após o primeiro curso superior (Administração), cursar Letras. Essa língua me representa em todos meus conflitos, pois suas características são iguais as minhas, um ser multifacetado, de exterior sóbrio e estático, mas no íntimo um turbilhão em movimento. Assim como um rio congelado que apresenta a sua superfície estática, mas o seu interior está sempre em movimento, num curso perene. Capacidade de adaptação e compreensão com singularidade e regionalidades tolerantes como próprios à língua. Escrever é para mim, como respirar, sinto essa necessidade e é através da escrita como afirmou Aristóteles que transitamos desde o terror até a piedade de nós mesmos e do outro. Esse ofício da escrita nos eleva, nos projeta, nos ressignifica quando tocamos o outro com as nossas palavras, seja no universo ficcional, biográfico ou autobiográfico. Escrever é uma necessidade, escrever é transpirar no papel as nossas leituras.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

CONFLITO





                     O sentimento me corrói, a saudade me destrói. A ilusão me alimenta, o desejo me acalenta. A realidade me perturba, a  sinceridade me machuca.
                      A ausência me tortura, a distância aumenta minha esperança. O reencontro me aflige, o medo
me controla, não quero o fim. Amo o recomeço, não importa a rotina, aprecio o início, o desconhecido, o amor amigo.

sábado, 18 de maio de 2013

ETÉREO





                   Sou o supérfluo, o abjeto, o indireto. Incerto e às vezes preciso. 
Confuso, reticente, decidido. Amante, inconformado, descuidado. Apressado, iludido, incompreendido.
                   Acelero os fatos, apresso o acaso, não permito o planejado.
Com o perigo amasiado, sigo na contramão do cuidado.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

ENLACE

           

             Encontrei-o por acaso, na coincidência da vida, rejeitei-o de pronto para aceitá-lo em outro  instante.
             Recusei o seu pedido, seu convite, para abraça-lo depois. O reencontro foi harmônico, a simpatia despertara o interesse. O início de tudo.
              Preciso viver, Externalizar o que sempre ocultei. Não encontro palavras, não consigo o encadeamento lógico.
               Quero reencontrar o homem perfeito, aquele sujeito, que musicou a minha alma, conjugando o sentimento em mim.