Sou transparente como água, translúcida, decidida, e
às vezes indecisa. Busco a felicidade, não consigo.
O medo paralisa, anula aminha emoção. Não consigo.
O medo paralisa, anula aminha emoção. Não consigo.
Ela sobrevivia à existência, trabalhava na noite,
trabalho árduo, exauria suas forças e lacerava sua alma.
Triste condição, aturar aqueles a quem não amava,
servi-los em seus desejos sórdidos, suas compulsões e insanidades, homens
brutos bêbedos, insensíveis, depravados, alienados, casados, solteiros, novos e velhos esses a torturava, servi-los era terrível fazia-o por dinheiro, para
sustentar-se naquele quarto úmido e desconfortável onde morava.
Vivia da luxúria. Sonhava outra vida, não casamento. Durante
o expediente imaginava felicidade para anestesiar o momento, seu corpo era autônomo,
sentia, gemia, gritava e só. Enquanto sua mente vagava em busca da felicidade.