Quem sou eu

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Salvador, Bahia, Brazil
A língua está em mim, me perpassa, faz parte da minha formação como ser social inserido num grupo. Compõe ainda a minha própria formação acadêmica já que resolvi após o primeiro curso superior (Administração), cursar Letras. Essa língua me representa em todos meus conflitos, pois suas características são iguais as minhas, um ser multifacetado, de exterior sóbrio e estático, mas no íntimo um turbilhão em movimento. Assim como um rio congelado que apresenta a sua superfície estática, mas o seu interior está sempre em movimento, num curso perene. Capacidade de adaptação e compreensão com singularidade e regionalidades tolerantes como próprios à língua. Escrever é para mim, como respirar, sinto essa necessidade e é através da escrita como afirmou Aristóteles que transitamos desde o terror até a piedade de nós mesmos e do outro. Esse ofício da escrita nos eleva, nos projeta, nos ressignifica quando tocamos o outro com as nossas palavras, seja no universo ficcional, biográfico ou autobiográfico. Escrever é uma necessidade, escrever é transpirar no papel as nossas leituras.

domingo, 29 de março de 2015

Vícios.





                    Levanto cedo. Vejo o mundo por signos. Trabalho, corro, canto, amo. Me iludo, me iludo, me iludo... Ouço fantasias, sonho realidades, cicatrizo sentimentos.
                        Vivo conceitos, busco auxílio, perco soluções. O real me rejeita, o ideal me aceita, o tempo me aproveita. Sofro singular e anônimo. Corro na contramão do relacionamento.
                          Cem companheiros, nenhuma companhia. Sempre solitário, dia a dia. Não me iludo com a realidade, sou enganado mesmo, pelos sonhos.