Para Durkheim (1978), o sistema educacional formal se impõe ao indivíduo de maneira e modo irresistível. Áreas como a política, a sociedade e a família influenciaram grandemente de maneira a interferir na composição desse sistema educacional.
Na educação formal o indivíduo encontra-se no ambiente propício onde ocorre ou deve ocorrer essa educação, são eles: escolas centros de aperfeiçoamento ou capacitação projetos educativos etc. Nesse ambiente a educação se dá de forma sistematizada e metódica.
Por outro lado na educação informal, o sujeito adquire experiências através do meio em que se encontra e se desenvolve, são hábitos e costumes adquiridos por classes, grupos, nos quais esses indivíduos estão inseridos. O aprendizado ocorre de maneira espontânea.
Segundo Durkheim (1978), a educação varia de lugar para lugar, de classe social para classe social, o que o autor classifica como heterogeneidade da educação, somente as sociedades pré-históricas terão um modelo de educação homogêneo,(tribo indígena) caracterizado pelo processo mecânico, e repetitivo, ou seja, mecanicista, automático.
Durkheim (1978), define educação como preparar , instituir valores e padrões mentais, suscitar estados mentais, intelectuais e físicos reclamado pela sociedade política.
Tal definição não dá conta de conceituar a educação, pois não podemos mudar ou alterar, ou ainda, transformar totalmente o indivíduo estando o mesmo sempre a mercê do contexto social, político e econômico da época em questão. Logo a educação varia no tempo, história e lugar. Percebemos isso se analisarmos o confronto das gerações atuais com os modelos educacionais ultrapassados.
Durkheim propõe um conceito básico de educação: ação de uma geração adulta sobre uma geração em faixa etária inferior. Essa educação tem por finalidade agregar ao ser egoísta e associal uma natureza capaz de vida social e moral visando a integração do indivíduo na sociedade, objetivando a conservação da ordem social,(consciência coletiva).
Tal processo de socialização para Berger e Berger seria a imposição de regras ou padrões sociais à conduta individual. Isso se constitui através de um poder de constrição: adulto>criança.
Os autores afirmam ainda, que durante o processo de socialização do indivíduo este desenvolve representações para os sujeitos que participam desse processo, os mais próximos que atuam de forma ativa através de procedimentos simples como ensinar como realizar as necessidades básicas, ou procedimentos complexos como a educação formal, no seu desenvolvimento são caracterizados como "outros significativos" e os de menor contato social são denominados "outros generalizados".
Podemos perceber também sobre a complexidade da apreensão do mundo pelo indivíduo que está no processo de socialização que o mesmo é composto de duas facetas da sua individualidade: o eu e o me.
O "eu" representa a consciência espontânea ininterrupta da individualidade que todos nós temos. Já o "me" representa a parte da individualidade que foi configurada pela sociedade.
Daí que a socialização para Berger e Berger envolve processos simples e complexos.