Independência. Um povo se considera
independente ao sentir cair de sobre si o peso de grilhões, o aperto da mordaça,
o silêncio da garganta, a tristeza da face, o cansaço do corpo, a ansiedade do
coração, o medo de viver, a incerteza do amanhã, o incômodo da rejeição, o
sentimento de não pertencimento, de abandono, de descaso.
Hoje comemora-se a independência,
essa celebração não independe os indivíduos dos males sociais, das mazelas
atuais, somos independentes de quê mesmo?
Há 190 anos um príncipe rei insurge-se
contra a coroa Portuguesa e daí então celebra-se essa data. Acontece que essa
comemoração deve ser ressignificada; a independência deve trazer libertação
aos indivíduos de tudo que os oprime; a fome, o desemprego, a má distribuição de
renda, a ausência de políticas públicas de saúde e educação digna, os
altíssimos impostos cobrados e que não são repassados os devidos benefícios para a sociedade.
Sem essa condição, não somos
independentes somos apenas atores sociais que representam um fato isolado,
ocorrido no passado sem significado na contemporaneidade.
Excente texto, Amaral.
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