Quem sou eu

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Salvador, Bahia, Brazil
A língua está em mim, me perpassa, faz parte da minha formação como ser social inserido num grupo. Compõe ainda a minha própria formação acadêmica já que resolvi após o primeiro curso superior (Administração), cursar Letras. Essa língua me representa em todos meus conflitos, pois suas características são iguais as minhas, um ser multifacetado, de exterior sóbrio e estático, mas no íntimo um turbilhão em movimento. Assim como um rio congelado que apresenta a sua superfície estática, mas o seu interior está sempre em movimento, num curso perene. Capacidade de adaptação e compreensão com singularidade e regionalidades tolerantes como próprios à língua. Escrever é para mim, como respirar, sinto essa necessidade e é através da escrita como afirmou Aristóteles que transitamos desde o terror até a piedade de nós mesmos e do outro. Esse ofício da escrita nos eleva, nos projeta, nos ressignifica quando tocamos o outro com as nossas palavras, seja no universo ficcional, biográfico ou autobiográfico. Escrever é uma necessidade, escrever é transpirar no papel as nossas leituras.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

ECSTASY



Sérgio desperta durante a noite, suado e ofegante, a mente fervilha pensamentos de todos os tipos. Deseja muitas coisas, anseia por realizar mil planos.
Visualizava um futuro próspero, mas sem satisfação nele. Previa seu sofrimento, ainda que dinheiro viesse a possuir não adquiriria a felicidade.
Sua satisfação estaria sempre condicionada aos relacionamentos que pudesse compra, sim, o dinheiro era o padrinho que sempre abençoava a sua união.
Como um imã, os seus bens atraía os homens para ele, porém não estava feliz. Experimentava lapsos de alegria.
Após cada relacionamento a sensação do vazio aumentava exponencialmente. Como um dependente químico, sofria a abstinência da sua droga dileta, não compreendia o seu abandono.
O destino designara-lhe um trabalho hercúleo: amar um ser que lhe era igual no gênero.

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